“De olho nos olhinhos”: campanha nacional traz esclarecimento sobre diagnóstico do câncer infantil - O POTI

“De olho nos olhinhos”: campanha nacional traz esclarecimento sobre diagnóstico do câncer infantil

Jornalistas Tiago Leifert e Diana Garbin iniciaram a campanha após o diagnótico da filha, Lua, aos 11 meses, com retinoblastoma em estágio avançado. Foto: Reprodução.

Neste sábado (21), Natal recebe a campanha nacional “De Olho nos Olhinhos”, uma iniciativa criada por Daiana Garbin e Tiago Leifert, após a filha do casal, Lua, ser diagnosticada com retinoblastoma, um tipo de câncer ocular, aos 11 meses de idade. A campanha tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, oferecendo maiores chances de cura às crianças afetadas.

O evento será realizado no primeiro piso do shopping Midway, das 10h às 22h, em parceria com a Liga Contra o Câncer, Casa Durval Paiva, e as ligas acadêmicas de pediatria (LAPED) e oftalmologia (LAOF) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Durante a ação, os participantes poderão receber orientações e informações sobre o retinoblastoma e a importância de sua detecção precoce, por meio de atividades interativas, vídeos educativos e sessões de esclarecimento com médicos e alunos de medicina.

A campanha “De Olho nos Olhinhos” foi inspirada por histórias como a de Fernando Campos, filho de Rilder Campos, que motivou a criação da Casa Durval Paiva em Natal. Aos 18 meses de idade, Fernando apresentou uma mancha branca no olho, o que resultou no diagnóstico de retinoblastoma. Embora tenha conseguido vencer o câncer, o diagnóstico tardio levou à perda de ambos os olhos. O caso, porém, impulsionou a criação de um projeto voltado ao acolhimento de crianças em situação de vulnerabilidade, oferecendo dignidade e esperança.

Retinoblastoma: uma ameaça silenciosa

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra entre 200 a 250 novos casos de retinoblastoma anualmente, enquanto no mundo esse número chega a 8 mil. O principal desafio é o diagnóstico tardio, que reduz as chances de cura.

Quando identificado precocemente, o retinoblastoma tem 90% de chance de cura. No entanto, nos casos em que a doença já atingiu outros órgãos (metástase), o tratamento se torna mais difícil.

A doença pode ser congênita ou surgir nos primeiros anos de vida, sendo causada por mutação genética ou transmitida de forma hereditária, especialmente quando afeta ambos os olhos. O sinal mais comum é a leucocoria, uma mancha branca visível na pupila, especialmente quando exposta à luz, semelhante ao reflexo observado nos olhos dos gatos.