Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) saíram em defesa de Alexandre de Moraes após uma reportagem da Folha de S. Paulo sugerir que o ministro teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar bolsonaristas. Segundo a reportagem, o gabinete de Moraes teria acionado informalmente o setor de combate à desinformação do TSE durante e após as eleições de 2022.
Três ministros do STF consultados pela analista da CNN, Basília Rodrigues, afirmaram que Moraes tem agido de maneira correta e consciente. Eles destacaram que a comunicação entre o ministro e funcionários não se compara à “Vaza Jato”, que revelou contatos do ex-juiz Sérgio Moro com o Ministério Público Federal.
A oposição no Congresso planeja apresentar um pedido de impeachment contra Moraes em setembro, esperando que novas informações fortaleçam o processo. Além disso, será iniciada uma coleta pública de assinaturas para aumentar o apoio ao pedido, com entrega prevista para 9 de setembro.
Enquanto isso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou que não pretende avançar com pedidos de impeachment contra Moraes por falta de elementos suficientes. Atualmente, mais de 20 pedidos contra o ministro estão parados na Presidência do Senado.
O Partido Novo apresentou uma queixa-crime contra Moraes à Procuradoria-Geral da República, alegando que ele participou ativamente na criação de relatórios usados em investigações sobre crimes contra o Estado Democrático de Direito. O partido também pediu que outros envolvidos sejam investigados.
Apesar das acusações, Moraes tem mantido a serenidade e recebeu apoio de colegas do STF durante uma festa na noite da última terça-feira (13). Participantes do evento relataram que o ministro foi muito apoiado e que a Corte deve se manter unida em sua defesa.
Em nota, o gabinete de Moraes afirmou que todas as ações foram oficiais, regulares e documentadas, com a participação da Procuradoria Geral da República, reiterando a legalidade dos procedimentos adotados.
Mensagens apontam que Moraes usou TSE para investigar bolsonaristas, diz jornal