Nesta terça-feira (10), a Justiça revogou a prisão domiciliar da influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra, determinando seu retorno ao regime fechado. Deolane havia sido presa em uma operação que investiga uma quadrilha suspeita de envolvimento com lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Deolane foi liberada da Colônia Penal Feminina do Recife na segunda-feira (9) e deveria cumprir prisão domiciliar, mas a decisão foi revogada por descumprimento das ordens judiciais. Conforme as determinações do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a influenciadora estava proibida de se manifestar publicamente, seja por meio da imprensa, redes sociais ou outros meios de comunicação.
Após ser informada da revogação da prisão domiciliar, Deolane foi ao Fórum Rodolfo Aureliano, no Recife, onde tomaria ciência dos termos da medida. No entanto, foi surpreendida pela decisão da Justiça de retornar ao regime fechado.
No dia anterior, ao sair da prisão, Deolane falou com jornalistas e fãs que aguardavam sua saída e postou uma imagem no Instagram que violava a decisão judicial, ao aparecer com a boca coberta por uma fita e um “X” no centro. A infração resultou na revogação da medida.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco ressaltou que os autos do processo permanecem em sigilo para preservar a privacidade dos demais envolvidos na investigação. De acordo com o TJPE, “qualquer manifestação relacionada ao caso será feita exclusivamente nos autos e acessível apenas às partes envolvidas”.
Antes de ser reconduzida ao regime fechado, Deolane Bezerra deverá passar por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro. A Polícia Civil de Pernambuco informou que a influenciadora será encaminhada à Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste do Estado.
A mãe de Deolane, Solange Bezerra, permanece presa na Colônia Penal Feminina do Recife após ter seu pedido de habeas corpus negado. Ambas foram presas no dia 4 de setembro durante uma operação que investiga atividades ilícitas de uma quadrilha.
A influenciadora havia sido beneficiada pelo artigo 318A do Código de Processo Penal, que possibilita a substituição da prisão preventiva por domiciliar em casos envolvendo gestantes, lactantes ou mães de crianças de até 12 anos, como é o caso de Deolane, mãe de uma menina de 8 anos.
