Neste 22 de abril, a história do descobrimento do Brasil volta à pauta nacional com a polêmica hipótese de alguns pesquisadores de que o país pode ter sido avistado a partir do Pico do Cabugi, o único vulcão adormecido que mantém sua forma original no Brasil, localizado no estado do Rio Grande do Norte. Essa teoria contrapõe a versão tradicional que aponta o Monte Pascoal, na Bahia, como o ponto de avistamento inicial.
O pesquisador Lenine Barros Pinto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi o primeiro a propor essa ideia em seu livro “Reinvenção do Descobrimento”, publicado em 2012. Ele argumenta que o Cabugi é o verdadeiro Monte Pascoal e que o município vizinho de Touros corresponde à cidade de Porto Seguro, historicamente associada ao desembarque de Pedro Álvares Cabral em 1500.
Essa nova abordagem também foi explorada por Manuel Oliveira Cavalcanti, engenheiro civil e investigador, em seu livro “1500: de Portugal ao saliente Potiguar”. Segundo Cavalcanti, após anos de pesquisa e análise minuciosa de documentos históricos, há novas evidências que corroboram a teoria de que o Brasil foi descoberto no Rio Grande do Norte.
A argumentação dos pesquisadores se baseia em interpretações de relatos históricos e em expedições conjuntas realizadas pelos governos do Brasil e Portugal para celebrar os 500 anos do descobrimento. Nesses eventos, os navegantes seguiram rotas e utilizaram condições e equipamentos semelhantes aos de Pedro Álvares Cabral, reforçando a viabilidade da descoberta a partir do Rio Grande do Norte.
A polêmica, reavivada por uma publicação do portal UOL, também é tema da charge da semana de Brum para O POTI.
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