A hospitalidade brasileira é conhecida por encantar turistas de todo o mundo. Em períodos de alta temporada e intensa atividade turística, a atenção redobrada torna-se crucial para garantir que os visitantes não apenas se sintam bem recebidos, mas também respeitados. Reconhecer a existência de diversas pessoas e culturas e lidar positivamente com essa diversidade deve ser uma prioridade para aqueles que buscam atender bem aos turistas.
A comunidade LGBTQIA+ é uma das que mais cresce no cenário turístico global. Portanto, compreender a melhor maneira de recebê-los, sem qualquer forma de discriminação, é essencial para promover o bem-estar, acolhimento e segurança. Com esse objetivo, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, lançou a cartilha “Bem Atender: Turistas LGBTQIA+”. Acesse o material completo AQUI.
A publicação, disponível online e adaptada para dispositivos móveis como celular e tablet, inicia com uma abordagem abrangente sobre discriminação, identidade de gênero, orientação sexual e conceitos fundamentais, incluindo cisgênero, transgênero, não binário, transexuais, intersexo, homem e mulher trans, e travesti. Além disso, oferece orientações sobre a melhor forma de se referir, especialmente à população trans, para evitar ações preconceituosas. O guia enfatiza: “Trate as pessoas pelos pronomes de tratamento Senhor ou Senhora de acordo com a identidade de gênero. Se houver dúvida, pergunte como a pessoa prefere ser chamada”.
Outra recomendação importante é tratar casais LGBTQIA+ de maneira igualitária, seguindo o mesmo padrão adotado para casais heteroafetivos. “Em datas especiais, como Dia dos Namorados, considere a possibilidade de que dois homens ou duas mulheres sejam um casal. São casais da mesma maneira que os heterossexuais, portanto, devem receber o mesmo tratamento”, alerta a cartilha.
Em casos de reclamações que possam configurar LGBTQIA+fobia, caracterizada por preconceito em virtude da identidade de gênero ou orientação sexual, a cartilha orienta a utilização da legislação contra a LGBTQIA+fobia. Estabelecimentos devem deixar clara sua postura de respeito à diversidade.
No que diz respeito à legislação, a Constituição Federal de 1988 visa promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra forma de discriminação. A discriminação contra pessoas LGBTQIA+ pode ser equiparada aos crimes de racismo.
O Governo Federal disponibiliza o Disque 100 para denúncias de desrespeito aos direitos humanos, e o número 180 para denúncias de violência contra as mulheres, incluindo pessoas trans e travestis. Além dessas ferramentas, várias instituições estaduais ou municipais oferecem apoio à população LGBTQIA+ em casos de violência ou violação de direitos.