O senador licenciado e presidente do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte, Rogério Marinho, e o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) estão em lados opostos quanto ao apoio nas eleições municipais de Natal deste ano. Enquanto Marinho defende a união do partido em torno da chapa formada por Paulinho Freire (UB) e Joanna Guerra (Republicanos), Azevedo não descarta a possibilidade de apoiar o ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD).
Em entrevista à 96 FM, Rogério Marinho reforçou a resolução do partido que orienta seus filiados a apoiarem as candidaturas do PL em disputas majoritárias. “O PL passou a ter uma cara ideológica muito definida. É natural que tenhamos uma bancada maior em 2026. E, para isso, é necessário que em 2024 o partido faça composições, mas na hora de se posicionar a favor de uma candidatura do partido, nós esperamos que todos os filiados sigam conosco”, afirmou o senador.
Marinho ressaltou que o objetivo do PL é consolidar sua posição política visando as eleições de 2026, e para isso, o apoio à candidatura de Paulinho Freire em Natal é fundamental. “A maioria do partido vai estar engajada na luta de Paulinho, e aqueles que entenderem que não devem fazê-lo têm liberdade. Até porque a nossa regulamentação define que há uma obrigatoriedade de que os detentores de mandato estejam alinhados com as candidaturas majoritárias onde elas existirem, o que não é o caso de Natal”, explicou.
No entanto, Coronel Azevedo, o deputado estadual mais votado em Natal nas eleições de 2022, tem uma visão diferente. Em entrevista ao jornal Agora RN, Azevedo afirmou que seu grupo político deseja ter um candidato bolsonarista e que irá considerar as propostas de governo de cada candidato antes de definir seu apoio.
Sobre a possibilidade de Azevedo apoiar Carlos Eduardo, Marinho sublinhou que tal decisão não resultaria em sanções partidárias, mas exigiria explicações aos eleitores. “Agora, evidente, que claramente estará fazendo um projeto político diferente do que o PL entende que é importante para o Estado”, disse Marinho.
Ele reforçou que, se Azevedo optar por apoiar Carlos Eduardo, terá que justificar sua decisão aos eleitores. “Se o Coronel Azevedo entender que terá que votar em um candidato diferente, vai prestar contas aos seus eleitores. Porque as alternativas estão aí. Temos Natália Bonavides, do PT, Rafael Motta, que faz uma campanha forte nas pautas de esquerda, e temos o ex-prefeito Carlos Eduardo, que declarou há cerca de um mês que se arrependeu de votar em Bolsonaro, mostrando seu aspecto camaleônico na política. Se entender que vai votar na candidatura de Carlos Eduardo, o partido não fará nada contra ele, mas ele terá que explicar aos eleitores essa decisão”, concluiu Marinho.