Neste domingo (22), os hermanos argentinos tiveram o primeiro turno de uma das eleições mais aguardadas e conturbadas de sua história. O candidato Sergio Massa foi o primeiro colocado do pleito, com mais de 36% dos votos válidos, seguido de Javier Milei, com cerca de 30% dos votos.
Em meio a uma crise econômica que avassala o país com a inflação nas alturas e índices de desemprego assustadores, o atual presidente, Alberto Fernández, decidiu não concorrer à reeleição. Com isso, alguns candidatos começaram a ganhar apoio e crescer nas pesquisas e o povo argentino decidiu que Massa e Milei se enfrentarão em um segundo turno.
De um lado, aquele que chamou a atenção do país e da mídia internacional, é o candidato Javier Milei. Polêmico, ele se destacou como um candidato da extrema direita conservadora e ultraliberal, que promete reduzir o número de ministérios do país, deixando de lado as pastas da cultura, ciência e meio ambiente, por exemplo. Por conta do seu posicionamento e pelo comportamento agressivo, recebeu o apelido de “Bolsonaro argentino”.
Do outro lado, está o candidato peronista Sergio Massa, que carrega o fardo de ser ministro da economia do atual governo argentino. Massa que, caso eleito, fará um governo de coligação com outros partidos. Por conta do receio que a possibilidade de eleição de Milei criou, o governo do Brasil apoiou não tão explicitamente o candidato.
Marcado para o dia 19 de novembro, o segundo turno das eleições promete ser de muitas emoções na Argentina, com a incerteza de quem vencerá o pleito. Os votos dos demais candidatos, que não conseguiram alcançar o segundo turno, devem ser decisivos. Confira:
- Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional, com 23,83%;
- Juan Schiaretti, um peronista do estado de Córdoba, com 6,78%;
- Myram Bregman, candidata trotskista de esquerda, com 2,70%
Terceira colocada, Bullrich já afirmou que não apoiará Sergio Massa, mas a expectativa é de que haja divisão em seu partido, que não deve apoiar Milei em totalidade. Já quanto aos outros dois candidatos, o esperado é uma migração de votos para Massa.