A ex-presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Maria Izabel Montenegro (MDB), foi condenada a 30 anos e um mês de reclusão, por corrupção passiva e peculato, em mais um processo relacionado à Operação Sal Grosso, deflagrada em novembro de 2007.
Segundo as investigações movidas pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), Izabel beneficiou-se financeiramente de empréstimos contratados à Caixa Econômica Federal por três assessores – Antônio Vanicleudo Fernandes Batista, Adalberto Frank Teixeira da Silva e Paulo César Fernandes de Freitas -, além de receber remunerações de uma funcionária “fantasma”, Adna Canário de Souza Moura, que teria repassado, segundo às investigações, a integralidade do próprio salário para Izabel entre e fevereiro a maio de 2007.
O esquema envolveu ainda o marido de Izabel Montenegro, José Nicodemus Holanda Montenegro, e o filho Paulo Henrique Araújo Holanda Montenegro. Ambos foram condenados a mesma pena: 4 anos e 8 meses de reclusão.
Os assessores e a funcionária “fantasma” colaboraram com as investigações e foram absolvidos. A decisão também destacou que a Câmara Municipal de Mossoró cobriu os empréstimos, em vez dos avaliadores, favorecendo a então vereadora. Ao todo, foram ouvidas outras 11 testemunhas e os réus do processo.
Izabel Montenegro poderá recorrer da pena em liberdade. Enquanto o marido, José Nicodemos, e o filho, Paulo Henrique, cumprirão pena em regime semiaberto.
Em 2021, a ex-vereadora já havia sido condenada a oito anos e um mês de reclusão, pelos crimes de peculato e falsidade ideológica, também no âmbito da Operação Sal Grosso. Nesse caso, a sentença foi assinada pelo juiz Cláudio Mendes Júnior.
Confira a sentença completa publicada nesta terça-feira (3) e assinada pelo juiz Ricardo Antônio Menezes Cabral Fagundes clicando aqui.