Entre os dias 8 e 28 de agosto, o Coletivo Aningas Crew apresentará a Expo Encantarias, uma exposição que promete transformar o Museu da Rampa, no coração de Santos Reis, em um verdadeiro santuário da arte urbana feminina. A mostra aborda a espiritualidade através das expressões femininas, reunindo o trabalho de sete talentosas artistas potiguares: Púrpura, Catão, Aranha, Vallença Dias, Christalina, Sam e Aff Cogu.
Estas mulheres, artistas de rua, mães, racializadas e da comunidade LGBTQIAP+, trazem à tona suas trajetórias, autodescobertas e conexões com o sagrado, transformando o museu em um território de mistérios, magia, resistência e renovação simbólica.
A Expo Encantarias dá vida a uma trama mágica, onde feitiços, mandingas e tecnologias ancestrais ressoam no presente, refletindo o poder feminino e pessoal de cada artista. Suas obras, que variam do orgânico ao tecnológico, oferecem uma perspectiva única e enriquecedora, destacando a diversidade e profundidade da exposição.
Para Patrícia Sousa, mais conhecida como Púrpura, expositora e idealizadora do evento, a Expo Encantarias possui um significado especial: “A expo Encantarias visa expressar esse misto de rito e magia pessoal de cada artista através de suas obras, enaltecendo assim nós, mulheres que atuamos com as linguagens artísticas urbanas.”
O evento é aberto a todas as idades, com classificação livre, e inclui medidas de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, como obras táteis, audiodescrição poética em aparelhos de mp3 e fones de ouvido, além de títulos das obras em braile, garantindo que todos possam vivenciar a arte de forma cinestésica.
Espaços de interação no evento permitirão uma imersão na criação artística, explorando o pixo, as telas e as instalações. Cada dinâmica é um feitiço que aproxima e conecta, revelando a riqueza da arte urbana contemporânea do Rio Grande do Norte.
Cattaprisma, expositora e designer, expressa grande expectativa para a exposição: “Minha expectativa é que mais pessoas possam apreciar a arte urbana produzida localmente, especialmente a produzida por mulheres racializadas, LGBTQIAP+, mães e periféricas. Estar expondo dentro de um espaço como o museu é algo novo para mim, e também é outra configuração de espaço de exposição, algo totalmente diferente das ruas, mas que também devemos nos apropriar.”