O estado do Rio Grande do Norte alcançou um desempenho positivo na balança comercial durante o primeiro semestre de 2024. Segundo o boletim de análises econômicas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC), o saldo da balança comercial atingiu US$ 238,4 milhões, com exportações somando US$ 484,1 milhões, um aumento de 83,1% em comparação ao mesmo período de 2023.
Os dados, que foram sistematizados a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, revelam que os principais produtos exportados pelo estado foram:
- Óleos combustíveis: US$ 321 milhões
- Frutas e castanhas: US$ 74,2 milhões
- Açúcares: US$ 19,4 milhões
- Produtos da indústria de transformação: US$ 15,5 milhões
- Tecidos de algodão: US$ 13,7 milhões
Os principais destinos das exportações potiguares foram Singapura (US$ 119,4 milhões), Holanda (US$ 81,5 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 47,1 milhões), Ilhas Virgens Americanas (US$ 36,5 milhões) e Estados Unidos (US$ 30,3 milhões).
O secretário adjunto da SEDEC, Hugo Fonseca, apontou o crescimento expressivo das exportações de óleos combustíveis, que aumentaram 255% em relação ao ano passado, e das transações comerciais de açúcares e melaço, que cresceram 392%. “O comércio exterior do Rio Grande do Norte culminou, no primeiro semestre, com uma movimentação financeira que, na soma das exportações e importações, chegou ao valor de US$ 729,8 milhões, representando uma alta de 33,3% em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou Fonseca.
As parcerias comerciais com os Países Baixos (Holanda) e Emirados Árabes Unidos registraram aumentos de 232,1% e 1.041,3%, respectivamente. “Os desempenhos da exportação do RN mostram que o mercado árabe vem se tornando uma nova fronteira de oportunidades para os produtos do estado”, comentou Fonseca.
Apesar dos resultados positivos no acumulado do semestre, o mês de junho apresentou um saldo negativo de US$ 12,48 milhões na balança comercial. As importações somaram US$ 39,35 milhões, enquanto as exportações ficaram em US$ 26,7 milhões. Fonseca explicou que o aumento das importações de combustíveis e óleos lubrificantes, para atender à demanda interna, foi o principal fator para esse déficit mensal. “Essa demanda é periódica, ocorrendo a cada trimestre um grande volume de compra desse produto para atender ao mercado interno”, observou o secretário.
Em junho, os principais produtos exportados foram combustíveis e derivados de petróleo (US$ 13,34 milhões), tecidos de algodão (US$ 2,7 milhões), frutas secas e castanhas (US$ 1,9 milhão), sal marinho (US$ 1,5 milhão) e lagosta (US$ 1,1 milhão). Os principais destinos das exportações no mês foram Holanda (US$ 13,32 milhões), Estados Unidos (US$ 3,15 milhões), Colômbia (US$ 1,8 milhão), China (US$ 1,4 milhão) e México (US$ 1,1 milhão).