Neste domingo (7), a França retorna às urnas para o segundo turno das eleições legislativas, determinando se o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, alcançará o poder pela primeira vez na história pós-Segunda Guerra Mundial.
No primeiro turno, realizado há uma semana, o RN obteve a maioria dos votos com 33%, seguido pela Nova Frente Popular, um bloco de partidos de esquerda, com 28%, e pelo bloco centrista de Emmanuel Macron, presidente francês, que alcançou 20% dos votos.
Embora o RN mantenha a liderança nas pesquisas de intenção de voto, a possibilidade de uma aliança entre o centro e a esquerda, em resposta aos resultados do primeiro turno e inspirada pela recente vitória da centro-esquerda no Reino Unido, complica o cenário eleitoral. Macron, buscando barrar o avanço da extrema direita, propôs uma aliança com a esquerda, ainda em negociação, conhecida na França como “grande cordão sanitário”.
Os franceses enfrentam a decisão crucial de evitar que o RN conquiste a maioria absoluta de 289 assentos no Parlamento, o que lhe permitiria formar governo e indicar o próximo primeiro-ministro do país. O resultado deste domingo definirá não apenas a composição política da França, mas também seu futuro imediato diante de um cenário polarizado e decisivo para o futuro da União Europeia.