Os funcionários do Banco do Brasil decidiram encerrar a greve e assinar o acordo coletivo nacional. A decisão foi tomada na noite de terça-feira (17), durante assembleia na sede do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte. Segundo representantes da categoria, apesar de avanços, os resultados ainda estão aquém das expectativas iniciais.
De acordo com Juvêncio Hemetério Filho, dirigente do Sindicato dos Bancários do RN, o movimento perdeu força após a adesão de estados como Rio de Janeiro e Bahia ao acordo nacional. “Até então, apenas Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro estavam em greve”, comentou. Com a adesão dos novos estados, a maioria do país já havia retornado às atividades.
Eduardo Xavier, coordenador geral do Sindicato, ressaltou a importância da mobilização. “Essa greve tem uma importância tremenda, pois ‘arma’ os trabalhadores e trabalhadoras para as próximas greves que virão”, afirmou. Mesmo sem atingir o reajuste almejado, Xavier destacou que a luta foi essencial para reverter a cláusula 17 do acordo, que tratava da demissão imotivada no Banco do Brasil.
O sindicato também declarou, em publicação oficial nas redes sociais, que o movimento foi histórico após oito anos sem paralisações no setor. Entre os pontos de destaque, o sindicato frisou a necessidade de combater o assédio moral, aumentar o número de contratações, melhorar as condições de trabalho e lutar por uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mais justa, levando em conta os lucros bilionários da instituição.