O governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões destinado à expansão e consolidação das universidades e hospitais universitários federais. A iniciativa faz parte do Novo PAC e será direcionada à criação de novos campi e melhorias na infraestrutura das instituições existentes.
Dez novos campi serão construídos em diversas regiões do país, incluindo cidades como São Gabriel da Cachoeira (AM) e São José do Rio Preto (SP). O objetivo é ampliar a oferta de vagas em regiões com baixa cobertura de educação superior pública. Cada novo campus terá um custo de R$ 60 milhões, resultando em um investimento total de R$ 600 milhões. Esses novos campi oferecerão seis cursos e criarão 28 mil novas vagas para estudantes de graduação, além de empregar 388 servidores por unidade.
Para a melhoria das 69 universidades federais, serão destinados R$ 3,17 bilhões. Esse montante será usado em 338 obras, incluindo novas construções, retomadas e conclusões de projetos em andamento. A ação beneficiará mais de um milhão de estudantes, com melhorias em salas de aula, laboratórios, bibliotecas, auditórios, refeitórios e moradias estudantis. Os investimentos serão distribuídos por todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, que receberá R$ 808 milhões para 117 obras.
Os hospitais universitários receberão um total de R$ 1,75 bilhão em investimentos, dos quais R$ 250 milhões são recursos adicionais para este ano. Esses fundos serão destinados à melhoria das condições de funcionamento de 31 hospitais da Rede Ebserh/MEC, incluindo oito novos hospitais ligados a universidades federais. As regiões Nordeste e Sudeste receberão os maiores repasses, totalizando R$ 572 milhões e R$ 550 milhões, respectivamente.
As universidades federais terão um aumento de R$ 400 milhões em seus orçamentos para custeio, elevando o total para R$ 6,38 bilhões. Os Institutos Federais também serão beneficiados, com um incremento de R$ 120,7 milhões, totalizando R$ 2,72 bilhões para despesas operacionais. Esses recursos serão utilizados para manutenção e funcionamento das instituições, incluindo gastos com serviços terceirizados e manutenção de infraestrutura.
Para apoiar a permanência de estudantes no ensino superior, o Programa Bolsa Permanência (PBP) receberá um aporte adicional de R$ 35 milhões, aumentando o orçamento do programa para R$ 233 milhões. Isso permitirá a inclusão de 5.600 novas vagas, beneficiando mais de 18 mil estudantes indígenas e quilombolas com bolsas de R$ 1.400.
O governo federal também tem implementado outras medidas de fortalecimento das instituições de ensino desde 2023, incluindo um acréscimo de R$ 2,4 bilhões no orçamento e reajustes de bolsas de até 75%. Investimentos significativos foram feitos na educação profissional e tecnológica, com a construção de 100 novas unidades e a criação de mais de 140 mil vagas.