Na noite de sábado (15), o site do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), www.eduardobolsonaro.com.br, foi aparentemente invadido por um hacker, que substituiu o conteúdo original por um post antigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no X (antigo Twitter). A publicação, datada de 13 de junho de 2018, incentivava os seguidores a acompanhar Lula no Instagram e exibia uma imagem de uma notícia fictícia que dizia “Eduardo Bolsonaro curte foto de Lula sem camisa em praia do Piauí”.
Além do site de Eduardo Bolsonaro, os sites dos deputados federais Bia Kicis (DF), Alexandre Ramagem (RJ) e Delegado Paulo Bilynskyj (SP), todos do PL, também foram derrubados. Ao tentar acessar essas páginas, os visitantes encontravam mensagens de indisponibilidade. Bia Kicis se posicionou sobre o tema no X:
Esse é um ataque criminoso de alguém intolerante, que não respeita quem pensa diferente. Já estamos trabalhando para recuperar o site e vamos denunciar os responsáveis por esse ataque cibernético. pic.twitter.com/dhVJN4PcRj
— Bia Kicis (@Biakicis) June 16, 2024
Os ataques ocorreram em meio ao debate sobre o Projeto de Lei 1.904 de 2024, conhecido como PL “antiaborto”, que equipara o aborto a homicídio em determinadas circunstâncias. Todos os deputados afetados pelo ataque haviam se manifestado a favor da medida.
PL “Antiaborto”
O Projeto de Lei 1.904 de 2024 propõe mudanças significativas na legislação sobre o aborto no Brasil, equiparando a prática a homicídio em casos específicos. A proposta tem gerado acalorados debates e mobilizado manifestações tanto a favor quanto contra a medida. O projeto endurece as penas para mulheres que realizam o aborto em si mesmas ou permitem que outros o façam, e para aqueles que realizam o procedimento, com ou sem o consentimento da gestante.