Homens fisicamente ativos têm 35% menos chances de desenvolver câncer de próstata; prevenção e diagnóstico são essenciais - O POTI

Homens fisicamente ativos têm 35% menos chances de desenvolver câncer de próstata; prevenção e diagnóstico são essenciais

Nordeste deve somar mais de 21 mil homens com câncer de próstata por ano nos próximos três anos. Foto: Divulgação.

O câncer de próstata é uma preocupação de saúde comum entre homens, sobretudo a partir dos 50 anos. Para reduzir o risco, especialistas apontam a importância de uma vida ativa e de hábitos saudáveis. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), pesquisas recentes mostram que a prática regular de atividades físicas e uma alimentação equilibrada são fundamentais para a prevenção dessa enfermidade.

Uma das pesquisas, realizada na Suécia e liderada por Kate Bolam, foi publicada no British Journal of Sports Medicine. O estudo, que avaliou cerca de 58 mil homens, revelou que aqueles com melhor condicionamento físico apresentam uma probabilidade 35% menor de desenvolver câncer de próstata em comparação aos que possuem baixo nível de preparo físico.

O urologista Charles Kelson Aquino, da Hapvida NotreDame Intermédica, reforça a importância do movimento Novembro Azul, que busca incentivar o diagnóstico e tratamento precoce do câncer de próstata. Aquino explica que, nos estágios iniciais, a doença geralmente é assintomática, mas que sinais urinários podem aparecer em fases mais avançadas, como:

  • Diminuição da força do jato urinário;
  • Dificuldade para iniciar ou concluir a micção;
  • Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite;
  • Presença de dor e sangue na urina.

Exames preventivos

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens comecem a realizar exames preventivos a partir dos 50 anos. No entanto, para homens negros ou com histórico familiar de câncer de próstata, o rastreamento deve começar aos 45 anos. “O objetivo dos exames é detectar a doença em suas fases iniciais, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido”, afirma Aquino.

Para o diagnóstico do câncer de próstata, os exames mais comuns incluem:

  • Exame de toque retal;
  • Análise do nível de PSA (antígeno prostático específico) no sangue;
  • Ultrassonografia prostática;
  • Ressonância magnética da próstata.

“Se necessário, uma biópsia prostática pode ser realizada para confirmar o diagnóstico”, explica o urologista.

Opções de tratamento

As opções de tratamento variam conforme o estágio da doença e a saúde geral do paciente. Entre os tratamentos mais comuns estão:

  • Cirurgia prostática;
  • Radioterapia;
  • Terapias medicamentosas.

“A escolha do tratamento deve ser discutida com um médico especialista, que levará em consideração as melhores práticas e as preferências do paciente”, orienta Aquino.

O câncer de próstata é uma condição séria, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem aumentar significativamente as chances de cura. Aquino conclui: “É essencial que os homens, especialmente aqueles em grupos de risco, realizem exames regulares e consultem um urologista para garantir a saúde da próstata”.

Nordeste deve somar mais de 21 mil homens com câncer de próstata por ano nos próximos três anos