No cenário do comércio varejista do Rio Grande do Norte, que diz respeito à vendas diretas aos consumidores finais, foi registrado um declínio de 0,6% ao final deste semestre. Embora destaque-se um aumento de 1,3% no índice de vendas na comparação entre junho deste ano e junho do ano anterior, a performance geral do setor apresentou uma retração, conforme os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). O levantamento, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisou o desempenho das vendas durante este semestre, revelando um declínio acumulado de 3,9% na série de dados ajustados sazonalmente.
Na busca pela origem e as consequências dessa queda no comércio varejista, o doutor em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Thales Penha, explica que: “No período passado, o resultado do comércio foi melhor devido ao forte crescimento do PIB que foi relacionado ao desempenho do setor agrícola. Agora, o efeito da safra agrícola se dissipou e em conjunto com a elevada taxa de juros, o PIB cresceu mais lentamente. Isso tem impacto na redução da atividade econômica e no comércio”.
Os resultados mensais subsequentes demonstraram variações menos expressivas, sendo notáveis os percentuais negativos nos meses de fevereiro (-1,1%), abril (-0,4%) e maio (-0,3%). Por outro lado, no segmento do comércio varejista ampliado, que abarca vendas de veículos, motocicletas, peças automotivas e materiais de construção, a maioria dos estados registrou crescimento. No Rio Grande do Norte, a alta foi de 2,0%.