No primeiro quadrimestre do ano, a indústria brasileira apresentou um crescimento médio de 3,5% nos 18 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com exceção do Pará, que registrou uma queda de 1,7%. Entre os estados da área de atuação do Banco do Nordeste, o Rio Grande do Norte se destacou com um crescimento de 24,4%, seguido por Ceará (7,6%) e Espírito Santo (6,2%).
A indústria do Rio Grande do Norte lidera o crescimento nacional desde julho de 2023, mantendo a posição de forma ininterrupta por dez meses consecutivos. Este desempenho robusto no primeiro quadrimestre de 2024 deve-se, principalmente, a um aumento de 74,3% na produção de derivados do petróleo e biocombustíveis, especialmente óleo diesel e gasolina automotiva. Além disso, o setor de confecção e vestuário registrou um crescimento de 23,2%.
Os dados foram compilados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste, e divulgados no Informe Macroeconômico nº 143. No entanto, a retração de 69,9% na indústria extrativista (óleos brutos de petróleo, sal e gás natural) e a queda de 12,9% na indústria alimentícia atenuaram os resultados gerais do estado.
“O desempenho positivo da indústria do Rio Grande do Norte é resultado da combinação de diversos fatores, como a aceleração da atividade econômica, especialmente na indústria de transformação, estimulada pela expansão da demanda e pelo consumo das famílias”, afirmou Allisson Martins, gerente executivo do Etene.