O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) anunciou neste domingo (3) a desfiliação da ex-deputada Manuela d’Ávila, vice na chapa de Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial de 2018. A saída de Manuela marca o fim de uma longa trajetória de 23 anos no partido, e, segundo a ex-parlamentar, foi motivada por “falta de opção”.
Em comunicado oficial, o PCdoB expressou respeito pela decisão de Manuela, lamentando sua saída. O partido revelou que, antes da desfiliação, tentou manter a ex-deputada em seus quadros por meio de “diálogo persistente”. “Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do país, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro”, declarou o partido.
Manuela havia anunciado publicamente sua intenção de deixar o PCdoB em 16 de outubro, em entrevista ao portal ICL Notícias. Na ocasião, ela afirmou que estava sem partido por “falta de opção”. “Depois de 25 anos em um único partido, eu não sou uma mulher sem partido por opção, eu sou por falta de opção, por falta de condições de qual caminho seguir. (…) Hoje, eu sou uma mulher sem partido, por isso posso criticar todos eles”, declarou.
Durante sua trajetória no PCdoB, Manuela ocupou importantes cargos políticos, incluindo o de vereadora em Porto Alegre, entre 2005 e 2007, deputada federal de 2007 a 2015 e deputada estadual no Rio Grande do Sul entre 2015 e 2019. A ex-deputada também concorreu à prefeitura da capital gaúcha em três oportunidades, mas não obteve êxito.
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