A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, foi revisada para baixo, passando de 4,86% para 4,75% neste ano, conforme indicado pelo Boletim Focus do Banco Central. Para 2024, a expectativa é de uma inflação de 3,88%, enquanto para 2025 e 2026, as previsões se mantêm estáveis em 3,5%.
A estimativa para 2023 se encontra no limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (com limite inferior de 1,75% e superior de 4,75%). Segundo o Banco Central, há uma probabilidade de 67% de que o índice oficial de inflação ultrapasse esse teto.
O aumento nos preços da gasolina em setembro contribuiu para uma inflação mensal de 0,26%, superando a taxa de agosto, que foi de 0,23%. No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, chegou a 5,19%, ultrapassando os 4,61% registrados no período anterior.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 12,75% ao ano. Há previsões de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Contudo, o Copom reforça a necessidade de manter uma política monetária contracionista para garantir que a inflação converge para a meta estabelecida em 2024 e 2025.
Em relação ao crescimento econômico, as instituições financeiras projetam uma expansão de 2,92% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,5%, seguido por 1,9% em 2025 e 2% em 2026. Quanto à cotação do dólar, a previsão é de R$ 5 para o final de 2023 e R$ 5,05 para o final de 2024.