As tradicionais festas juninas em Mossoró e Assú, no oeste potiguar, atraíram aproximadamente dois milhões de pessoas em 2024, impulsionando a economia das duas maiores cidades da região. Segundo o Instituto Fecomércio RN (IFC), o evento gerou um impacto econômico de mais de R$ 456 milhões, sendo R$ 358,5 milhões em Mossoró e R$ 98 milhões em Assú.
A pesquisa do IFC revelou que o perfil dos participantes do Mossoró Cidade Junina é predominantemente masculino (55,3%), com idade entre 16 e 24 anos, ensino superior completo, e renda familiar de 2 a 5 salários mínimos. Cerca de 49,3% dos participantes eram visitantes, principalmente de Natal (12,6%), Fortaleza (3%) e Assú (2,9%).
A festa foi bem avaliada pelos participantes, com destaque para as atrações (96,3%), divulgação (96,2%), organização (93,8%) e segurança (90,1%), resultando em uma média geral de satisfação de 9,37. O faturamento médio diário dos negócios locais aumentou 66,7%, passando de R$ 2.781,67 para R$ 4.635,97.
Os empresários de Mossoró investiram em média R$ 14.584,34 para se preparar para o evento, um aumento de 41% em relação ao ano anterior. As principais melhorias incluíram a ampliação de estoque (34,2%), aumento na variedade de produtos (32,2%) e contratação de funcionários (14,4%).
Em Assú, o perfil dos participantes também foi majoritariamente masculino (63,8%), com a maioria tendo entre 35 e 59 anos de idade, ensino médio completo e renda familiar de 2 a 5 salários mínimos. Cerca de 57,3% dos participantes eram visitantes, vindos principalmente de Natal (14,3%) e Mossoró (5,2%).
O faturamento médio diário dos negócios em Assú aumentou 28,1%, passando de R$ 3.792,93 em 2023 para R$ 4.858,17 em 2024. Para atender à demanda, os empreendedores locais adotaram estratégias de divulgação (49%) e promoções (39%).
Metodologia da pesquisa
Para mapear o perfil dos participantes e a percepção dos empresários do São João de Assú e de Mossoró, o Instituto Fecomércio RN entrevistou centenas de pessoas. Em Assú, o IFC ouviu 200 empreendedores e 600 participantes. Na capital do Oeste, 200 empresários e 700 participantes foram entrevistados. O nível de confiança de ambas pesquisas é de 95% com margem de erro de três pontos percentuais.