Segundo levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio RN (IFC), a Páscoa promete impulsionar o comércio potiguar, com previsão de movimentar cerca de R$ 498 milhões em todo o estado.
Comparado ao ano anterior, este ano apresenta um aumento estimado em mais de 10%. Em 2023, o montante esperado era de aproximadamente R$ 176,5 milhões, enquanto para 2024 a projeção alcança os R$ 194,2 milhões apenas para os municípios de Natal e Mossoró.
Para Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN, além do aumento nas vendas, há uma expectativa de uma distribuição mais ampla dos gastos, especialmente no interior do estado. “Nossa pesquisa revelou que mais de 16% dos natalenses e quase 19% dos mossoroenses pretendem viajar durante o feriado da Páscoa, gastando cerca de R$ 400 principalmente em outros municípios potiguares”, explicou Queiroz.
Em Natal, a previsão é de que 63,7% dos moradores realizem compras para a Páscoa. Entre eles, a maioria é do sexo masculino (65,3%), com idades entre 25 e 34 anos (69%) e ensino superior completo (67,5%), com uma renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (73,7%). Os principais locais de compra serão os shoppings, escolha de 57,9% dos entrevistados, e os presentes mais comuns serão para os filhos (45,3%).
O investimento em chocolates deve crescer cerca de 6,6%, atingindo R$ 104,97 por consumidor, enquanto o consumo de peixe também registra aumento, com 73,1% dos natalenses planejando adquirir essa opção para a ceia, com um gasto médio de R$ 79,75.
Em Mossoró, os gastos esperados são ainda maiores do que na capital, com uma previsão de movimentar aproximadamente R$ 51,3 milhões, representando um crescimento de 19,6% em relação a 2023. Os consumidores do município também planejam investir mais em chocolates (R$ 108,68) e peixes (R$ 85,48) em comparação ao ano anterior.
Diferentemente de Natal, onde a preferência recai sobre os shoppings, cerca de 52,3% dos consumidores de Mossoró optarão pelo comércio de rua. A maioria é do sexo masculino (51,9%), com idades entre 25 e 34 anos (63,1%) e ensino superior completo (63,7%), com renda familiar de 5 a 10 salários mínimos (70,6%) e acima de 10 salários mínimos (70,6%).
O estudo realizado pelo IFC entrevistou um total de 600 pessoas em Natal e 500 em Mossoró ao longo do mês de março, com uma margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.