Em meio às preocupações com a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue, zika e chikungunya, surge a dúvida sobre a susceptibilidade dos animais de estimação a essas enfermidades. O médico-veterinário Nirley Formiga, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do Norte, esclarece que cães e gatos não contraem diretamente essas arboviroses.
Segundo o especialista, “o Aedes aegypti, vetor dessas doenças em humanos, não transmite diretamente a dengue, zika ou chikungunya aos animais de estimação”. No entanto, ele ressalta que há outras infecções que podem afetar os pets através da picada do mosquito, como a Dirofilaria immitis, conhecida como “verme do coração”.
Formiga esclarece que os tutores devem estar atentos aos sinais que possam indicar a presença do “verme do coração” nos animais, como dificuldade respiratória, cansaço, tosse e emagrecimento. Para prevenir essa doença, é essencial adotar medidas de controle de mosquitos, como a higienização do ambiente em que os pets vivem, evitando acúmulo de água parada em recipientes e quintais.
O médico-veterinário também sugere o uso de coleiras antiparasitárias, que não só protegem contra parasitas, mas também atuam como repelentes, reduzindo a exposição dos animais aos mosquitos transmissores de doenças.
Nirley reforça a importância de procurar um médico-veterinário de confiança ao perceber qualquer sintoma nos animais, desaconselhando a automedicação. Ele diz que a prevenção e o tratamento adequado da dirofilariose devem ser individualizados para cada paciente, garantindo a saúde e o bem-estar dos pets.