Nesta sexta-feira (1°), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados apontando que a economia brasileira registrou um crescimento de 2,9% no ano passado, superando as expectativas do mercado.
No quarto trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável em relação ao trimestre anterior. Esse resultado positivo foi impulsionado principalmente pelo desempenho do setor agropecuário, que apresentou um crescimento de 15,1% em comparação com o ano anterior.
De acordo com Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o destaque na agropecuária se deve à produção recorde de soja e milho, duas das principais culturas do país.
Além do setor agropecuário, tanto a indústria quanto os serviços registraram crescimento em 2023, com taxas de 1,6% e 2,4%, respectivamente. Os serviços, em particular, experimentaram um aumento em todas as atividades, com ênfase para as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados à intermediação.
O consumo das famílias também apresentou avanço, com um aumento de 3,1% em relação a 2022. Esse crescimento foi impulsionado pela melhoria das condições do mercado de trabalho, incluindo um aumento na ocupação e na massa salarial real, além da desaceleração da inflação.
Segundo especialistas, os programas de transferência de renda do governo desempenharam um papel crucial nesse aumento do consumo das famílias, especialmente nas áreas de alimentação e produtos essenciais não duráveis.
Apesar dos resultados positivos para o ano como um todo, o IBGE revisou para baixo os dados trimestrais sobre o desempenho econômico brasileiro em 2023. O instituto apontou estagnação tanto no terceiro quanto no quarto trimestre do ano passado, após revisões que resultaram em números inferiores aos divulgados anteriormente.
Veja a seguir como foi o desempenho dos primeiros anos de mandatos de outros presidentes:
- FHC 1 (1995): 4,2%
- FHC 2 (1999): 0,5%
- Lula 1 (2003): 1,1%
- Lula 2 (2007): 6,1%
- Dilma 1 (2011): 4%
- Dilma 2 (2015): -3,6%
- Temer: (2017): 1,3% (ele assumiu em maio de 2016, quando teve início o processo de impeachment de Dilma)
- Bolsonaro (2019): 1,2%
- Lula 3 (2023): 2,9%