Por causa das chuvas registradas nas últimas 24 horas, a prefeitura de Nataldecidiu decretar estado de emergência na cidade. A decisão foi tomada durante uma reunião do gabinete de crise, coordenada pela secretária municipal de Planejamento, Joanna Guerra, e contou com a presença de representantes de todos os órgãos da administração pública municipal.
A precipitação acumulada ultrapassou 240 milímetros, uma marca superior aos cerca de 22 milímetros projetados para todo o mês. Com isso, foram registrados alagamentos em várias áreas, embora, até o momento, não tenham sido reportados deslizamentos de terra ou vítimas.
Joanna Guerra explicou a necessidade do decreto de estado de emergência para agilizar procedimentos e facilitar o acesso a recursos emergenciais destinados a reparos estruturais e assistência à população. A publicação oficial do decreto ocorrerá em edição extra do Diário Oficial do Município até o final do dia.
Diversas vias foram temporariamente interditadas, incluindo a Rua Almino Afonso, Interventor Mário Câmara, Solange Nunes, Paulistana com a Acaraú, Integração e Xavantes. A liberação do tráfego está condicionada à redução do volume de água nessas áreas.
Até o momento, a STTU registrou 26 colisões no trânsito e falhas em 16 semáforos. A queda de uma árvore na Av. Campos Sales temporariamente interrompeu o fluxo, mas a via foi prontamente liberada após a remoção do obstáculo. As vias estaduais e federais também foram impactadas, contando com a presença de agentes de mobilidade urbana para orientar motoristas e organizar o tráfego.
A Defesa Civil do Município atendeu cerca de 40 ocorrências, principalmente nas proximidades das lagoas de captação. Fernanda Jucá, diretora do órgão, enfatizou o alerta máximo para deslizamentos e alagamentos, solicitando que a população evite sair de casa. Em caso de necessidade, o número de emergência 193 (Corpo de Bombeiros) ou o 190 estão disponíveis.
Até o momento, 57 pessoas estão sendo acolhidas na Escola Estadual Adelino Dantas, na zona Norte, com suporte da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas). A Prefeitura já definiu escolas e um centro de convivência como abrigos provisórios, caso necessário.