Segundo os dados de um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira tem o potencial de gerar 326.049 novos empregos formais, além de adicionar cerca de R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional e contribuir com aproximadamente R$ 3,87 bilhões em arrecadação indireta.
O estudo se baseou no sistema de contas regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, isolando eventuais distorções devido à pandemia. Foi considerado que cada estado produzirá máquinas e equipamentos necessários para a produção de petróleo, gerando demanda de mão de obra de acordo com o volume de produção de cada região. Além disso, foi considerado que todo petróleo obtido será exportado.
A Margem Equatorial abrange estados como Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá. Para cada um desses estados, a CNI projetou os impactos econômicos e sociais da produção de petróleo, considerando a exploração estimada de um poço por estado, com capacidade de 100 mil barris por dia, a um preço de US$ 80 por barril e uma taxa de câmbio de R$ 4,93.
No Rio Grande do Norte, por exemplo, a previsão feita pelo estudo é de que o PIB cresça cerca de 15,9% (R$10,8 bilhões) e gere ao menos 54 mil postos de emprego.
Além dos benefícios econômicos, o setor de óleo e gás (O&G) no Brasil desempenha um papel fundamental, contribuindo com 9% do PIB industrial e mais de R$ 1,8 trilhão em tributos e royalties acumulados na última década. Esses recursos são distribuídos entre as diversas camadas administrativas do país, desde a União até os municípios, com parte do montante total destinada a investimentos em áreas como educação, saúde e políticas sociais.
Em termos de transição energética, as reservas de petróleo na Margem Equatorial assumem um papel estratégico. Com a redução das reservas na Bacia de Santos, essa região emerge como uma nova fronteira exploratória. A Petrobras, inicialmente responsável pela exploração, planeja perfurar 16 poços na região até 2027, com investimentos de US$ 6 bilhões, dos quais 49% serão destinados à Margem Equatorial.