O Rio Grande do Norte deu um passo importante rumo à descarbonização ao se tornar o primeiro estado do Brasil a adotar o hidrogênio verde como combustível na indústria de cimento, em substituição aos derivados de petróleo. O projeto inovador é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, a CPFL Energia (do grupo chinês State Grid) e a Mizu Cimentos, que possui uma das fábricas mais modernas do país, localizada em Baraúna, a 317 quilômetros de Natal.
A assinatura do contrato ocorreu ontem (22), no auditório da Governadoria, em Natal. Estiveram presentes a governadora Fátima Bezerra, o CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrela, e o CEO da Mizu, Roberto de Oliveira, além de autoridades como o secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, Sílvio Torquato, e seu adjunto, Hugo Fonseca.
“Estamos escrevendo um novo capítulo em nossa história. Estamos dando um exemplo claro de que a industrialização do Nordeste e a reindustrialização do Brasil são possíveis. Este contrato é um passo firme em direção ao futuro e fortalece setores estratégicos da economia. Além disso, reforça o RN como referência em energias renováveis e nos processos para descarbonização do planeta”, disse a governadora.
A unidade de produção de hidrogênio verde, que abastecerá a fábrica da Mizu, terá capacidade de 1 megawatt e fornecerá 250 toneladas do combustível por ano. O investimento na planta, que deve entrar em operação até 2027, é de R$ 43 milhões. Gustavo Estrela, CEO da CPFL, ressaltou a importância do setor de cimento para a economia e o compromisso da empresa com a transição energética.
Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do RN, reforçou o potencial do estado para liderar a produção de hidrogênio verde no Brasil, mencionando que o contrato fortalece laços comerciais e cooperações mútuas entre os setores público e privado. “Temos certeza de que trilhamos o caminho certo para o desenvolvimento econômico e social sustentável”, afirmou.
A parceria também foi elogiada pela cônsul geral da China em Recife, Lan Heping, que lembrou os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China e destacou o potencial do Rio Grande do Norte para ampliar as negociações bilaterais.
