Conforme dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte registrou mais de 2,1 mil casos prováveis de dengue em 2024, um aumento de 128% em relação aos 942 casos do mesmo período no ano anterior. Além disso, há uma investigação em andamento sobre uma morte relacionada à doença.
Com isso, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) iniciou a Semana Estadual de Combate à Dengue, em conformidade com o chamado nacional feito pelo Ministério da Saúde. As ações tiveram início no último sábado (2), com uma inspeção realizada no Hospital Geral João Machado, em Natal, que contou com a participação de equipes de gestão, vigilância e combate às endemias da Sesap.
“Esse movimento começa hoje e não deve acabar enquanto não sairmos do estado de alerta contra a dengue. É necessário uma vigilância permanente, com a participação de todos”, disse a secretária de Saúde Pública do RN, Lyane Ramalho.
Além das ações nos hospitais, a Sesap também planeja divulgar um guia de orientação para vistoria em prédios e terrenos, com o intuito de envolver a comunidade no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Situação de emergência
Em Natal, o prefeito Álvaro Dias decretou situação de emergência por um período de 90 dias, podendo ser prorrogado, após constatar uma epidemia na cidade.
Entre as estratégias adotadas, estão mutirões intersetoriais de diversas secretarias e órgãos municipais, além de ações de conscientização junto à população. “É fundamental a conscientização coletiva no combate aos focos do mosquito, tendo atenção aos quintais e evitando deixar água parada”, afirmou o prefeito.
A população também é incentivada a colaborar, adotando medidas simples, como manter caixas d’água fechadas, eliminar recipientes que possam acumular água e realizar a limpeza frequente de áreas propensas à proliferação do mosquito.
Além das medidas de prevenção, a vacinação contra a dengue é uma importante ferramenta na luta contra a doença. A capital recebeu mais de 18,8 mil doses da vacina, destinadas a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. No entanto, a procura pela vacina ainda é baixa, e as autoridades reforçam a importância da imunização.