O empreendedorismo continua a crescer no Rio Grande do Norte, conforme aponta o Mapa de Empresas, divulgado pelo governo federal. O estado fechou o segundo quadrimestre de 2024 com um saldo positivo de 11.643 empresas, resultado da abertura de 30.471 novos negócios e 18.828 encerramentos.
Embora tenha havido uma leve redução de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 29.252 empresas e 17.229 encerradas, especialistas observam que os números refletem uma estabilidade no cenário empreendedor potiguar. O tempo médio para abrir uma empresa no estado é de 17 horas, uma hora inferior à média nacional.
“O ambiente empreendedor tem se beneficiado de uma combinação de fatores, como a simplificação de processos burocráticos, o aumento de acesso a linhas de crédito e a cultura empreendedora que vem sendo fortalecida nos últimos anos”, explica Gustavo Vieira, contador e diretor da Rui Cadete, empresa especializada em assessoria contábil estratégica.
De acordo com o Mapa de Empresas, nos últimos 12 meses, o saldo também foi positivo, com 42.845 novas empresas e 26.657 encerramentos, resultando em 16.188 novos negócios. “Esses números demonstram que o estado ainda tem espaço para empreendedores que buscam oportunidades de crescimento, mesmo diante de desafios econômicos nacionais”, acrescenta Vieira.
Apesar do otimismo representado pelo número de empresas abertas, um estudo do Sebrae revela que 29% dos CNPJs cadastrados como Microempreendedor Individual (MEI) fecham após cinco anos de atividade. Vieira explica que essa alta taxa de mortalidade pode ser atribuída a diversos fatores.
“A falta de planejamento a médio e longo prazo, gestão financeira deficiente e o desconhecimento sobre o mercado são algumas das principais causas para o fechamento precoce das empresas. Muitos empreendedores abrem um negócio sem ter clareza sobre os desafios que virão, e sem o suporte adequado, acabam fechando”, alerta o contador.
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