A prática de exercícios físicos durante a gestação é recomendada para aquelas que não possuem restrições médicas, e essa rotina deve continuar no pós-parto. É fundamental que as mulheres mantenham o cuidado com a saúde e o fortalecimento do corpo nessa fase.
Roseane Lopes, de 33 anos, é profissional de Educação Física e coordenadora técnica da academia Pulse. Mãe de um bebê de cinco meses, ela voltou a treinar musculação 45 dias após um parto cesárea. “Voltei a caminhar poucos dias depois do parto, não fiz diástase e não tive lombalgia, apesar de serem comuns”, relata Roseane. “Tudo isso graças a uma vida ativa e de movimento, que me permitiu também trabalhar até dois dias antes do nascimento”.
A profissional explica que a musculação pode ser retomada cerca de 15 dias após o parto normal e 45 dias após a cesárea. “Este retorno, porém, deve ser alinhado com o obstetra”, ressalta. Roseane destaca a segurança da musculação no pós-parto, especialmente quando acompanhada por um profissional de Educação Física especializado. Ela observa que não há contraindicações em relação à amamentação e que a musculação pode ajudar no tratamento da diástase.
Roseane sublinha a importância da hidratação nesse período. “Tanto a amamentação quanto os exercícios físicos exigem uma alta hidratação da mulher”, reforça. A diástase, uma condição que afeta cerca de 60% das mulheres grávidas, é o afastamento dos músculos retos abdominais e do tecido conjuntivo, causado por uma fraqueza do músculo abdominal. Isso pode resultar em uma saliência acima ou abaixo do umbigo ou flacidez na barriga.
Ela afirma que a diástase pode ser evitada com hábitos iniciados antes da gestação, destacando a importância do fortalecimento da região do core (músculos abdominais, paravertebrais e o assoalho pélvico). Além disso, ela lembra que a obesidade é um dos maiores fatores de risco para a diástase. “Manter-se ativa na gestação e no pós-parto é essencial”, conclui.