O ano se inicia e os primeiros dias são sempre de descanso. Mas, em ano eleitoral, a rotina político-religiosa tira das praias e do descanso os que pretendem disputar eleições para participarem da tradicional procissão e missa de encerramento da festa dos Santos Reis, em Natal.
Nos anos “normais” são poucos, mas em anos eleitorais a procissão fica cheia de pré-candidatos que vão pedir aos Santos Reis sucesso em seus projetos políticos.
E se polarizar
Existe no meio político quase um consenso de que a eleição municipal de 2024, especialmente nas grandes cidades, será polarizada entre lulismo e bolsonarismo (esquerda x direita).
Nesse contexto a eleição de Natal teria de um lado a candidatura da deputada Natália Bonavides e do outro lado um nome que pudesse representar direita.
Fora do universo da esquerda existem as pré-candidaturas do ex-prefeito Carlos Eduardo, do deputado Paulinho Freire e do deputado Girão, todas com potencial de crescimento.
Caso o deputado Paulinho Freire conquiste o apoio do PL e do Podemos, como vem sendo especulado, a disputa pela vaga da direita nesse ambiente de polarização seria entre Paulinho e Carlos Eduardo.
Em resumo, a polarização poderá deixar de fora do segundo turno em Natal aquele que hoje lidera todas as pesquisas de intenção de voto.
Aos apressados, calma, trata-se apenas da avaliação de um cenário que poderia (ou poderá) acontecer em caso de uma eleição polarizada na capital do Estado.
PT e PL lideram em candidaturas de parlamentares em 2024
Impulsionados pela popularidade do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Partido dos Trabalhadores e o Partido Liberal têm o maior número de deputados federais que se colocaram como pré-candidatos às eleições municipais de 2024.
A relação dos nomes de cada legenda ainda deverá passar por alterações, uma vez que nem todos potenciais candidatos se colocaram na disputa nem ocorreram todas as conferências partidárias.
Além disso, algumas pré-candidaturas não deverão ser levadas adiante em meio às negociações e alianças que poderão ser firmadas regionalmente.
Pelo PT estão colocadas as seguintes candidaturas:
Natália Bonavides – Natal (RN)
Alencar Santana – Guarulhos (SP)
Denise Pessôa – Caxias do Sul (RS)
Dimas Gadelha – São Gonçalo (RJ)
Maria do Rosário – Porto Alegre (RS)
Rogério Correia – Belo Horizonte (MG)
Waldenor Pereira – Vitória da Conquista
Washington Quaquá – Maricá (RJ)
Adriana Accorsi – Goiânia (GO)
Zé Neto – Feira de Santana (BA)
Pelo PL a lista é a seguinte:
General Girão ou Sargento Gonçalves – Natal (RN)
Fernando Rodolfo – Caruaru (PE)
Capitão Augusto – Bauru (SP)
Rosana Valle – Santos (SP)
Delegado Ramagem – Rio de Janeiro (RJ)
André Fernandes – Fortaleza (CE)
Gustavo Gayer – Goiânia (GO)
Marcos Pollon – Campo Grande (MS)
Abílio Brunini – Cuiabá (MT)
Fonte: Folha de São Paulo
Queda importante no número de homicídios no RN
A Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais da Secretaria de Segurança Pública divulgou dados sobre a redução de mortes violentas intencionais no Rio Grande do Norte.
Em uma série histórica desde 2011, o ano de 2023 foi o que teve o menor número de homicídios. Foram registrados, no ano passado, 1.040 mortes violentas. Até então o menor quantitativo era do ano de 2011 com 1.099 crimes.
Num comparativo com o ano de 2022 a redução foi de 14,5% o que representa 176 vidas poupadas.
Segue abaixo um comparativo referente aos anos de 2022 e 2023 em algumas das principais cidades do Estado:
Natal (- 25,6%)
2022 – 262
2023 – 195
Mossoró (- 47%)
2022 – 168
2023 – 89
Parnamirim (- 43,1%)
2022 – 51
2023 – 29
São Gonçalo do Amarante (-25%)
2022 – 52
2023 – 39
Macaíba (-45,2%)
2022 – 42
2023 – 23
Câmara de SP quer CPI para apurar atuação do Pe. Julio Lancelotti
Acabado o recesso parlamentar no final de janeiro, a Câmara Municipal de São Paulo deverá abrir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar organizações não governamentais (ONGs) que atuam na região da Cracolândia, nome popular que era dado a uma região no centro da capital paulista ocupada por usuários e dependentes de drogas. Atualmente, eles se encontram dispersos pelas ruas da região central de São Paulo.
O requerimento para a criação da CPI “com a finalidade de investigar as Organizações Não Governamentais que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários que frequentam a região da Cracolândia”, como é descrito no documento, já colheu as assinaturas necessárias e foi protocolado na Câmara no dia 6 de dezembro do ano passado. No entanto, isso não significa que a comissão será imediatamente instalada: há uma fila de proposições de outras CPIs na Câmara e o requerimento ainda precisaria ser aprovado em plenário.
O autor da proposta é o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), um dos cofundadores do Movimento Brasil Livre (MBL). Ele colocou como foco principal da CPI a atuação do padre Julio Lancellotti, que desenvolve há muitos anos um importante e reconhecido trabalho de cuidado com pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo.
Por meio de nota, o padre Julio Lancellotti escreveu que as CPIs são legítimas, mas informou que não pertence “a nenhuma organização da sociedade civil ou organização não governamental que utilize convênio com o Poder Público Municipal”. “A atividade da Pastoral de Rua é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo que, por sua vez, não se encontra vinculada, de nenhuma forma, às atividades que constituem o requerimento aprovado para criação da CPI em questão.”
Fonte: Agência Brasil
Governo Lula abriu 47% a mais de concursos em 1 ano do que Bolsonaro em 4 anos
O governo Lula autorizou a abertura de 9,1 mil vagas de concurso público em 2023, 47% a mais do que a soma dos quatro anos do mandato de Jair Bolsonaro. Os números são do Ministério da Gestão e abrangem o Poder Executivo.
De 2019 a 2022, o governo Bolsonaro criou 6,2 mil vagas permanentes no serviço federal.
No início do governo, em 2019, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu “travar” os concursos públicos no país. “A primeira coisa, concursos públicos. Trava esse negócio aí”.
Fonte: Metrópoles