O debate sobre a taxação dos super-ricos no Brasil ganhou destaque nos meios de comunicação desde ontem (28), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória (MP) que prevê a cobrança de 15% a 20% sobre os rendimentos dessa parcela da população. Mas você deve estar se perguntando: como isso impacta a minha vida, que faço parte da classe média? Vamos esclarecer essa questão e entender o que está em jogo.
Primeiro, vamos entender as propostas do governo. A medida provisória, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para começar a valer, revê a cobrança de 15% a 20% sobre rendimentos de fundos exclusivos, aqueles que possuem apenas um cotista. Essa medida visa atingir os chamados “super-ricos”, que normalmente possuem um patrimônio mínimo de R$ 10 milhões e aplicam em fundos desse tipo. Estima-se que apenas 2,5 mil brasileiros se enquadram nesse perfil.
É importante entender que a classe média brasileira está dividida em diferentes faixas de renda:
– Classe B: renda mensal domiciliar entre R$ 7,1 mil e R$ 22 mil
– Classe C: renda mensal domiciliar entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil
As classes D e E têm renda mensal domiciliar até R$ 2,9 mil.
A proposta de taxação dos super ricos não afetará diretamente a maioria das famílias de classe média, já que os fundos exclusivos e suas altas taxas de retorno não são comuns entre essas faixas de renda. Porém, é válido destacar que a medida visa a equilibrar a carga tributária no país e garantir uma maior justiça social, buscando referências em países desenvolvidos.