O governo de Nicolás Maduro anunciou a expulsão de todo o corpo diplomático de sete países, após a proclamação oficial de sua reeleição pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Os países afetados são Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
A decisão ocorreu em resposta às contestações dos resultados eleitorais por parte desses países. Além dos sete citados, outras nações também expressaram dúvidas sobre a legitimidade do pleito, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, Equador, Colômbia, Guatemala e Portugal.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, publicou uma carta justificando a medida. Ele afirmou que o país “rejeita as ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com ideologias sórdidas do fascismo internacional”. Gil Pinto destacou que esse grupo busca invalidar o resultado da eleição realizada no domingo (28).
O Conselho Nacional Eleitoral, presidido por um aliado de Maduro, anunciou que o presidente foi reeleito com 51,2% dos votos, enquanto o principal opositor, Edmundo González, obteve 44%. No entanto, a oposição afirma que González foi o verdadeiro vencedor com 70% dos votos.
A resposta do governo brasileiro ainda é aguardada. Em comunicado, o Itamaraty informou que “acompanha com atenção o processo de apuração” e que espera a divulgação de dados detalhados pelo CNE, considerando isso um “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
Nesta segunda-feira, manifestantes contrários a Maduro tomaram as ruas em protesto contra os resultados das eleições, evidenciando a tensão política no país.
Veja o comunicado emitido pelo governo venezuelano: