A pesquisa do instituto AGORA SEI, publicada pela rádio 96 FM, revelou números interessantes para os principais concorrentes na disputa pela prefeitura de Natal.
Para Carlos Eduardo (38%) o resultado foi bom, já que o ex-prefeito continua liderando com boa vantagem sobre os demais postulantes.
Para Natália Bonavides (15,5%) também foi bom porque a deputada já alcançou, no segundo mês do ano, a marca dos 15% superando o resultado do PT nas duas últimas eleições para prefeito de Natal.
Para Paulinho Freire (9,2%) foi excelente porque posicionou o deputado em terceiro lugar, a frente do General Girão (5,0%), e essa era uma das condições para que o deputado do PL declarasse apoio ao colega do União Brasil.
Outra coisa que ficou evidenciada é que, apesar do esforço do prefeito Álvaro Dias, a secretaria Joanna Guerra (0,8%) não demonstra viabilidade para chegar ao segundo turno.
Mas a escolha do prefeito poderá ser decisiva para o resultado final da eleição. O percentual de transferência de votos que ele apresenta (33,4%), somado a “força da máquina”, poderá consolidar o projeto de Carlos Eduardo ou levar Paulinho Freire a um segundo turno.
O jogo começou!
Disputa interna
A pesquisa AGORA SEI também repercutiu no grupo liderado pelo prefeito Álvaro Dias e quem teve motivos para comemorar foi o ex-deputado Rafael Mota.
Rafael teve cinco vezes mais citações do que Jonna Guerra que, aparentemente, tem a preferência de Álvaro para entrar na disputa eleitoral desse ano.
Rafael Mota alcançou 4,1%, enquanto Joanna Guerra registrou apenas 0,8%.
Excelente candidato a vice
Caso seja preterido pelo grupo liderado por Álvaro Dias, o ex-deputado Rafael Mota poderia pensar num vôo solo.
Rafael agregaria o voto jovem e de esquerda para complementar a chapa de Carlos Eduardo ou Paulinho Freire.
Para Natália Bonavides seria a possibilidade de conquistar votos no Centro e na classe média de Natal.
É um nome que deve estar sendo observado pelas coordenações política e de marketing dos candidatos.
Após operação, senador petista aciona PGR por cassação do registro do PL
O senador do PT Humberto Costa pediu ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, a abertura de uma investigação contra o PL. O petista quer a cassação do Partido Liberal após o relatório da Polícia Federal apontar o uso da estrutura partidária para elaboração de uma minuta golpista e para a disseminação de informações falsas contra o sistema eleitoral.
O inquérito, usado como base para a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, mostra que investigados se reuniam em imóveis alugados pelo PL. A casa, utilizada como Comitê de Campanha em 2022, foi a sede do “núcleo jurídico”, apontado pela PF como um grupo destacado para dar sustentação à trama golpista em termos da lei.
No ofício encaminhado Paulo Gonet, Humberto Costa diz que Valdemar Costa Neto foi o “principal fiador” de questionamentos à lisura do processo eleitoral. O petista questiona se foram usados recursos do fundo partidário para financiar “atividades delituosas”.
“Ao final, se comprovados os ilícitos e atos criminosos eventualmente praticados pelo Partido Liberal, consubstanciando-se em financiamento de atividades ilegais e criminosas com o objetivo de promover a invalidação da eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a prática criminosa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, seja proposta, perante o Tribunal Superior Eleitoral, a competente Ação de Cassação de Registro Eleitoral do Partido Liberal”, escreveu o senador.
PF encontra discurso sobre estado de sítio no escritório de Bolsonaro
A Polícia Federal encontrou, nesta quinta-feira (8/2), no escritório de Jair Bolsonaro localizado na sede do PL, em Brasília, uma minuta de discurso em que seria anunciada a decretação do estado de sítio no Brasil.
“Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio (sic) e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, diz o trecho do documento, segundo fontes da PF.
O documento foi apreendido na Operação Tempus Veritatis, que investiga suposta organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.
Metrópoles
O que é estado de sítio
Previsto na Constituição Federal, o estado de sítio é um instrumento por meio do qual o presidente da República pode suspender temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos, em nome da “ordem pública”.
Para decretar o instrumento, o presidente precisa do aval do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional e, posteriormente, de autorização do Congresso Nacional.