Uma draga, tipo especial de embarcação utilizado em várias obras, chegou a Natal nesta semana. O grande navio será utilizado nas obras da engorda da praia de Ponta Negra, que visam aumentar a faixa de areia e frear o avanço do mar. Apesar de poder ser vista da praia, a draga ainda não começou a atuar, pois o município ainda aguarda licenças ambientais do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).
O diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, afirmou que o processo para a licença de instalação só foi formalizado há uma semana, com a entrega dos projetos e demais documentos necessários, mas não há prazo para emissão das permissões. A equipe também terá que analisar a situação da drenagem da praia.
A draga é essencial para as obras, já que deve ser utilizada na extração e transporte do material de um banco de areia perto da costa até a praia, o que aumentará a faixa de areia. Devem ser utilizados 1,1 milhão de metros cúbicos de areia para alargar a praia ao longo de 4 quilômetros.
Como funciona a técnica?
A dragagem é uma técnica que envolve a escavação, remoção ou relocalização de sedimentos, rochas e outros materiais do fundo de corpos d’água.
Dragas são embarcações ou equipamentos especializados usados para realizar a dragagem. Elas podem operar através de motores, cabos ou sistemas de sucção. O processo básico de dragagem envolve três etapas principais:
- Coleta de sedimentos: as dragas retiram os sedimentos de diferentes granulometrias e profundidades do fundo dos corpos d’água.
- Transporte dos materiais: os sedimentos são então transportados até a superfície.
- Disposição dos sedimentos: por fim, os materiais são depositados em locais aprovados para essa finalidade.
É crucial monitorar os impactos ambientais antes, durante e após a dragagem. Isso inclui a verificação da qualidade da água e a preservação da fauna e flora aquáticas. A minimização da dispersão de sedimentos também é uma prioridade para proteger os ecossistemas locais.
A expectativa é de que após as obras, a praia de Ponta Negra tenha 50m de faixa de areia durante a maré alta e 100m durante a maré baixa. A ideia é tornar a praia mais transitável aos visitantes e impedir a erosão do Morro do Careca, principal cartão postal de Natal e do Rio Grande do Norte.