De acordo com projeções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os reajustes das contas de luz devem ser de cerca de 5,6% em 2024. A estimativa média leva em consideração 52 concessionárias de distribuição do Brasil.
O aumento é superior ao Índice Geral de Preços (4,04%) e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (3,86%), que representam a inflação do país. De acordo com o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, existem três razões principais que farão o reajuste ficar acima da inflação.
A primeira é a expanção da rede básica de energia, com leilões que somam mais de R$ 60 bilhões entre 2023 e 2024. Segundo o diretor, as concessionárias buscam ser recompensadas via tarifa pelos investimentos. O segundo motivo é a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que congrega as subvenções nas tarifas de energia e é dividida pelos consumidores de todo o país, que deve alcançar R$ 37 bilhões em 2024, R$ 3 bilhões a mais que em 2023. Por último, cita o fim da devolução dos créditos tributários decorrentes da exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins.
Em 2023, a Aneel previa um aumento de 6,8%, mas o registrado foi de 5,9%, próximo da previsão para este ano.