A Operação Lei Seca registrou um aumento de cerca de 10% no número de motoristas autuados por dirigir sob o efeito de álcool no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023, no Rio Grande do Norte. Os dados são do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), divulgados nesta quinta-feira (1). Até junho deste ano, 1.450 pessoas foram autuadas por dirigirem alcoolizadas no estado, durante um total de 167 blitzen realizadas.
Além das autuações, a Operação Lei Seca prendeu 219 condutores em flagrante por embriaguez ao volante. A detenção ocorre quando os motoristas apresentam uma concentração alcoólica acima de 0.34mg/l. As penalidades incluem detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de obter habilitação para dirigir.
O major César Fagundes, coordenador da Operação Lei Seca no estado, destacou uma mudança interessante no perfil dos autuados. Segundo ele, há uma diminuição significativa no número de condutores jovens flagrados misturando álcool e direção, sugerindo uma mudança comportamental e cultural. Por outro lado, houve um aumento no número de idosos autuados, que demonstram maior resistência em cumprir a lei.
O professor Rubens Ramos, especialista em trânsito da UFRN, defende que a aplicação rigorosa de multas pode ajudar a reduzir a incidência de álcool na direção. Segundo ele, a multa de R$ 2.934,70 tanto para quem se recusa a realizar o teste do bafômetro quanto para quem é flagrado alcoolizado pode ter um impacto significativo no comportamento dos motoristas, semelhante ao que ocorreu com a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança.
