A professora Erikah Souza Alcântara, egressa do Programa de Pós-Graduação em Ensino (Posensino) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), conquistou o primeiro lugar na 2ª edição do prêmio LGBTI+ Pesquisa, na categoria Mestrado. O evento incentiva e dá visibilidade à produção de monografias de graduação e dissertações de mestrado que abordam a temática da diversidade e inclusão LGBTQIA+ nos ambientes educacionais ou de trabalho.
Erikah defendeu a sua dissertação com o tema “Quando a gente consegue aquilo que colocamos como objetivo, acabamos revolucionando: trajetórias de êxito escolar de professoras trans e travestis em Fortaleza-CE”, que abordou a atuação de três docentes trans de diferentes áreas de ensino. A dissertação narra as experiências escolares destas mulheres e como essas trajetórias de êxito estão conectadas às práticas pedagógicas das profissionais, assim como às mudanças sociais que elas oportunizaram no ambiente escolar.
De acordo com a professora, o compartilhamento de conhecimento foi fundamental para sua formação. “No início do mestrado, em 2020, tive a oportunidade de vivenciar o IFRN através do Campus Mossoró, que possui uma estrutura excelente e me proporcionou ótimos momentos de aprendizagem. Embora, devido à pandemia, não tenhamos conseguido usar plenamente todas as instalações que o IFRN oferece, compartilhar conhecimentos com professores e professoras da instituição, bem como com os de outras instituições associadas ao programa Posensino (Uern/Ufersa), foi de grande valia para minha formação profissional. O programa me permitiu acreditar que poderia sonhar ainda mais e alcançar muitos outros objetivos, como o doutorado”, explicou.
Ela também destaca a importância da visibilidade e de oportunidades para pessoas da comunidade trans.
Visibilidade é a palavra-chave. Precisamos promover cada vez mais pesquisas com temáticas emergentes, como a Travestilidade/transexualidade. Por meio dessa possibilidade de divulgação de prêmios e mídias, podemos disseminar informações para todas as pessoas, especialmente aquelas na academia, embora ainda seja um espaço pouco acessado por pessoas trans e travestis, devido a todo o contexto de exclusão que vem sendo debatido e combatido diariamente por meio da expressão das intelectualidades de nossa comunidade, que não aceita mais ser excluída de todos os processos sociais, inclusive na produção de conhecimento científico”, conclui.