Nesta quinta-feira (17), será possível observar o fenômeno da superlua, em que o satélite natural parecerá maior e mais brilhante do que o habitual. Isso ocorre porque a Lua estará em seu ponto mais próximo da Terra, o perigeu, a aproximadamente 357.364 quilômetros de distância. Em média, a Lua fica a cerca de 384.400 quilômetros do planeta.
O fenômeno ocorre durante a fase de Lua Cheia, quando o Sol e a Lua estão alinhados em lados opostos da Terra, iluminando completamente a face visível do satélite. A lua cheia desta quinta será a mais próxima da Terra em 2024, sendo uma oportunidade rara para observação.
Apesar do impacto visual, o tamanho da Lua não muda. Segundo a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, “os observadores poderão notar uma lua mais brilhante que o normal. O fenômeno será visível em todas as regiões do mundo, desde que o tempo esteja favorável”. Ela também destacou que, como a órbita lunar é elíptica, a distância entre a Terra e a Lua varia, o que explica a ocorrência das superluas.
O termo “superlua”, conforme explica Nascimento, não tem base científica. Ele foi popularizado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979, na extinta revista Dell Horoscope. O termo é utilizado quando a Lua Cheia ocorre no perigeu ou até 90% próxima dele. “Por ser um conceito não científico, há divergências sobre a distância exata que define uma superlua”, acrescentou a astrônoma.
O fenômeno pode ocorrer entre uma e seis vezes por ano, tanto na fase cheia quanto na nova. Em 2024, a primeira superlua aconteceu em 19 de agosto, a uma distância de 361.900 quilômetros da Terra, e a última está prevista para o dia 15 de novembro, quando a Lua estará a 361.867 quilômetros de distância.
Para os interessados em apreciar o fenômeno, é recomendável procurar áreas afastadas das luzes urbanas, onde a visualização será mais clara e impressionante.