A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) emitiu um alerta após a confirmação de um caso de Febre Oropouche no estado do Rio Grande do Norte. A doença, transmitida pelo mosquito maruim (Culicoides paraensis), tem se tornado uma preocupação nas áreas rurais e urbanas, especialmente devido à sua rápida disseminação.
A Febre Oropouche é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), conhecido desde 1960. Embora o controle tenha sido eficaz por décadas, novos surtos em regiões tropicais, como a Amazônia, reascendem a preocupação das autoridades de saúde pública. O vírus possui potencial epidêmico e pode sofrer mutações, o que exige que todos os casos sejam notificados imediatamente às autoridades sanitárias.
Os sintomas da doença são similares a outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Entre os principais sinais estão dores de cabeça, dores no corpo, diarreia, náuseas e sensibilidade à luz. Devido à semelhança com outras enfermidades, a Febre Oropouche pode ser de difícil identificação imediata, o que torna ainda mais importante a distinção clínica para o tratamento adequado. Em casos mais graves, a doença pode levar à morte. Atualmente, não há um tratamento específico, sendo recomendado o acompanhamento médico e repouso para casos suspeitos e confirmados.
Para se prevenir da doença, a SMS orienta a população a adotar medidas de proteção contra mosquitos. Entre as principais ações recomendadas estão:
- Manter o corpo coberto para evitar picadas;
- Utilizar repelentes que contenham substâncias como DEET, IR3535 ou icaridina;
- Usar mosquiteiros;
- Evitar proximidade com áreas que atraiam os mosquitos transmissores, como plantações;
- Manter áreas externas limpas e sem acúmulo de lixo;
- Instalar telas em portas e janelas.
A Secretaria de Saúde também reforça a importância de buscar atendimento médico imediato ao surgirem sintomas suspeitos. “É fundamental que a população procure uma unidade básica de saúde para avaliação clínica, laboratorial e epidemiológica”, destaca o comunicado. A rápida notificação de casos suspeitos e confirmados é crucial para que o Ministério da Saúde possa implementar ações de combate ao vetor e conter a disseminação da doença.