De acordo com o estudo divulgado pela Coordenadoria de Desenvolvimento Energético do Estado (Coder), a potência energética instalada no Rio Grande do Norte atingiu a marca de 24,6 gigawatts (GW), consolidando o estado como polo da geração de energia. A matriz elétrica do Estado é predominantemente composta por fontes renováveis, alcançando 98% do total de recursos energéticos, com apenas 2% provenientes de fontes não renováveis.
O setor de energias renováveis no estado conta com 681 empreendimentos comercializados e outorgados. A energia eólica lidera, representando 56,5% dos empreendimentos, seguida pela energia solar, que contribui com 38% da matriz. Além disso, o informativo apresenta a presença de empreendimentos de biomassa, hídricos e, ainda, 34 usinas de energia fóssil, fonte não renovável.
Os municípios de Assú e Serra do Mel se sobrepõem na produção energética, somando o maior número de empreendimentos com potência outorgada em 2023. Em termos de investimentos, as energias renováveis atraíram R$ 22,5 bilhões, com R$ 17,1 bilhões destinados à energia solar e R$ 5,4 bilhões à energia eólica.
O relatório da Coder aponta para um notável crescimento da energia solar, com um aumento de 333% no total de projetos fotovoltaicos outorgados entre 2021 e 2023. A geração distribuída foi responsável por um grande incremento, conectando 18.353 novos sistemas de placas fotovoltaicas à rede elétrica da distribuidora de energia em 2023, com destaque para a classe residencial, que concentrou 83% dos sistemas instalados no último ano.
No âmbito da produção de petróleo e gás, o informativo destaca a produção onshore (em terra) em 2023, registrando 9,9 milhões de barris de petróleo e 311.126 milímetros cúbicos de gás. Observa-se um aumento de 72% na produção de gás natural onshore ao longo de 8 anos, com um adicional de 11% entre 2022 e 2023.
A redução na produção de petróleo em 2023, comparada a 2022, é atribuída ao processo de desinvestimento da Petrobras no estado, que, até 2016, detinha 97% da produção. Atualmente, a empresa representa apenas 20% do setor, sendo substituída por produtores independentes, como a 3R Petroleum, que detém 43,83% da produção onshore, e a Potiguar E&P S.A., com 34,46%.
A 3R Petroleum, que adquiriu o Polo Potiguar em 2023, é responsável por 93% da produção offshore de petróleo e 13% da produção de gás natural. A Petrobras sinaliza a reinserção no estado por meio da prospecção de novas áreas em águas profundas na “Margem Equatorial”, com investimentos previstos de até 1,09 bilhão de dólares em 2024.
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